01/02/2025

Lélia Gonzalez, primeira pensadora do feminismo negro no Brasil

 

Ela foi a primeira mulher negra no país a desenvolver estudos da interseccionalidade entre gênero e raça

Professora, autora, intelectual, antropóloga, ativista, tradutora, mulher e negra. Lélia Gonzalez é um dos principais nomes da filosofia e sociologia brasileira sobretudo no recorte dos estudos da interseccionalidade entre gênero e raça. Durante sua vasta carreira, escreveu verdadeiros clássicos do feminismo negro, como “Por um feminismo afro-latino-americano”, “Democracia racial? Nada disso!” e “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. Foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), lecionou nas principais universidades públicas do Rio de Janeiro (RJ), e contribuiu fortemente com o Instituto de Pesquisa das Culturas Negras.

Lélia teve uma importante presença tanto na academia quanto no mundo político, tendo circulado por diversos espaços. Seus trabalhos abordaram perspectivas interseccionais quando o conceito em si ainda não tinha sido criado, atuando contra o sexismo e o racismo na sociedade e cunhando conceitos como o de "amefricanidade" e "pretuguês".

Ela foi pioneira em tudo que se propôs: Além de ajudar a fundar o Movimento Negro Unificado (MNU), o ela participou da criação do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Olodum. Atuou na mobilização de negros e negras rumo ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), na resistência à ditadura, na luta dos negros brasileiros contra o Apartheid na África do Sul, nas formulações e articulações de mulheres negras nas políticas públicas, a partir do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), atuando de 1985 a 1989, e na construção de um pensamento que articulava gênero e raça, sobretudo no contexto latino-americano. Foi candidata a deputada federal pelo PT, não se elegendo, mas ficando como primeira suplente. Nas eleições seguintes, em 1986, candidatou-se a deputada estadual pelo PDT, novamente não se elegendo e ficando como suplente.

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